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Síndrome Pós-Covid-19 e suas consequências músculo esqueléticas



É fundamental pensarmos nos efeitos deletérios secundários à doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) e suas consequências nos pacientes que desenvolvem, principalmente, as condições mais graves.


Um estudo com sobreviventes da síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) identificou que, após 24 meses da doença, a capacidade de exercício e o estado de saúde eram significativamente menores nesses pacientes em comparação a indivíduos saudáveis. Além disso, 29% não tinham retornado ao trabalho.


Estudos realizados com pacientes que apresentaram a SARS (severe acute respiratory syndrome) causada pela forma mais antiga de coronavírus (SARS-CoV) mostraram redução da capacidade cardiorrespiratória, limitação musculoesquelética e redução da qualidade de vida mesmo após o término da doença. Isso mostra a necessidade de recuperação desses pacientes quanto à sua capacidade funcional.


Essa síndrome é caracterizada primariamente por uma incapacidade prolongada e tem como efeitos secundários disfunção muscular, fadiga, artrite, e artralgia.


Essa consequência muito comum nos pacientes graves consiste em fraqueza adquirida na UTI, relacionada à imobilidade, alterações glicêmicas e hormonais, além do uso de medicamentos neuromusculares. Outras possíveis alterações subsequentes são a polineuropatia e a miopatia do paciente crítico. Podem ocorrer ainda sequelas físicas decorrentes da imobilidade prolongada, incluindo descondicionamento cardiorrespiratório, instabilidade postural, tromboembolismo venoso, encurtamento muscular, contraturas (miogênicas, neurogênicas, artrogênicas) e úlceras por pressão.


Todos esses fatores contribuem para o imobilismo, que, por sua vez, provoca efeitos deletérios no sistema cardiorrespiratório, nervoso central, musculoesquelético e no metabolismo.

Nesse momento torna-se extremamente importante o acompanhamento multiprofissional para tratamento das diversas sequelas possíveis. A ênfase no suporte nutricional, e na reabilitação física são importantes para reverter o estado de sarcopenia que associa a fadiga, perda importante de massa muscular, e da densidade óssea.


Além disso a atividade física diminui o estresse, melhora a autoestima, a capacidade cardiorrespiratória, a força muscular e a coordenação, previne a fragilidade, a sarcopenia e a dinapenia, além de minimizar o risco de quedas e o declínio cognitivo em idosos.




O monitoramento de exercícios, as orientações posturais e funcionais, bem como o alerta aos pacientes com doenças crônicas sobre o respeito aos princípios de conservação de energia, podem ser recursos fundamentais para evitar a eclosão de um estado de crise desses pacientes, bem como o surgimento de sintomas antes não apresentados. Portanto a atividade deve ser realizada com acompanhamento profissional fisioterapeuta e profissional da Ed física.


O estado pós Covid-19 pode e deve ser revertido mas para isso é necessário todo o suporte da equipe de saúde para que o indivíduo recupere sua condição física, funcional, e sua qualidade de vida prévia.

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